segunda-feira, 11 de julho de 2016

A resposta do eu mais desconhecido

A intuição é compreendida, por alguns estudiosos da mente, como a melhor resposta imediata do cérebro a um conjunto de estímulos externos. Ou seja, o cérebro, ao se deparar com determinada situação, emite imediatamente uma avaliação dela. Essa ação, com origens evolutivas, objetiva reconhecer algum perigo ou ameaça imediata à vida.
Funciona basicamente assim: o cérebro capta os estímulos externos que estão disponíveis no cenário a ser analisado e busca em seus conteúdos as referências para produzir uma resposta imediata e mais acertada acerca do nível de ameaça que representa.
O interessante é que esse processo é extremamente rápido e, muitas vezes, fornece a melhor resposta. Isso acontece porque as referências utilizadas para as análises são quase todas inconscientes, baseadas na história da pessoa, na cultura, em todas as informações que o cérebro já captou e acumulou, e também nos instintos da espécie humana.
Outro dado interessante é que, apesar de haver interferência emocional na construção dos conteúdos da nossa história ao longo de nossa vida, há pouca interferência emocional na resposta imediata do cérebro ao cenário ou situação analisada. É como se não desse tempo para o cérebro ser contaminado por maiores racionalizações ou afetos. Ou seja, a resposta dada seria a melhor resposta inicial ao problema ou questão enfrentada.
Assim, o que chamamos intuição, é a melhor resposta para garantir nossa vida.
Sabendo disso, agora, você pode dar maior atenção à sua intuição.
Geralmente ela responde a questões simples, como: essa pessoa pode me fazer mal? Essa pessoa pode representar uma ameaça para mim? Essa pessoa é confiável? Dou conta dessa tarefa? Essa situação é boa ou ruim para mim?
Ouvir a intuição, e tirar proveito dela, não é algo que se consiga fazer imediatamente. É necessário treino.
É preciso que você comece a identificar a primeira intuição ou impressão. Isso porque a cada minuto seguinte, o cérebro elabora as informações, resignifica, adiciona elementos e começa a incluir afetos e informações periféricas. Ou seja, já deixa de emitir a melhor resposta imediata.
Comece a ouvir a sua intuição e a tirar proveito dela.
Trata-se de uma grande vantagem evolutiva que, apesar de preterida, nos ajuda até hoje.

São suas respostas mais suas, vindas do seu eu mais desconhecido pra você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário